Política

Lula cancela encontro no G7 e retorna ao Brasil às pressas, entenda

Lula cancela reunião no G7 e retorna ao Brasil às pressas: bastidores revelam tensão diplomática

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixou o Canadá antes do previsto e cancelou compromissos importantes na cúpula do G7. O motivo? Um emaranhado de atrasos na agenda oficial que acabou inviabilizando encontros estratégicos — inclusive uma aguardada reunião com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.

Lula estava entre os convidados do evento realizado em Kananaskis, no oeste canadense, que reuniu líderes das maiores potências mundiais. O encontro com Zelensky, considerado um dos mais esperados da viagem, foi cancelado por conta de uma sequência de atrasos na programação e mudanças de última hora que comprometeram as janelas diplomáticas.

A audiência com o chanceler da Alemanha, Friedrich Merz, também caiu. Segundo fontes do Planalto, os horários de decolagem dos aviões presidenciais estavam cravados e não havia margem para esperar ou remarcar. Com isso, Lula optou por retornar ao Brasil nesta terça-feira (17), frustrando parte da estratégia de aproximação internacional.

Mesmo com os contratempos, Lula marcou presença nos encontros centrais do G7, onde reforçou o discurso de um mundo multipolar, a necessidade de reforma em instituições globais e o protagonismo dos países em desenvolvimento. Ele voltou a defender soluções pacíficas para conflitos internacionais, inclusive a guerra na Ucrânia — mas sem o aguardado tête-à-tête com Zelensky, a mensagem perdeu parte do peso.

Esse não foi o primeiro desencontro entre os dois líderes. Em outras ocasiões, a reunião já havia sido adiada por questões logísticas ou divergências de agenda. A pressão por esse encontro cresce, principalmente diante das cobranças internacionais por uma posição mais clara do Brasil em relação ao conflito entre Rússia e Ucrânia.

No fim, a viagem de Lula ao G7 termina com saldo diplomático misto. Apesar dos discursos e das articulações nos bastidores, a ausência de reuniões bilaterais importantes deixou um vazio na agenda — e gerou ruído político. De volta ao Brasil, Lula agora terá que lidar com os desdobramentos internos e manter a costura diplomática ativa, mesmo à distância.

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