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‘Não sei como foi parar ai’ Idosa é operada após introduzir cenoura no R€T0, el… Ver mais

Idosa de 70 anos é internada após introduzir objeto no corpo e caso chama atenção para saúde íntima na terceira idade

Um episódio inusitado registrado em Itaperuna, no Noroeste Fluminense, trouxe à tona importantes reflexões sobre saúde íntima, sexualidade e os cuidados com o corpo na terceira idade. Na última segunda-feira (5), uma mulher de 70 anos precisou ser internada às pressas após relatar fortes dores na região genital, causadas pela introdução acidental de um corpo estranho.

Segundo os profissionais de saúde da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) local, a paciente deu entrada com dores intensas e, após exames, foi constatada a presença de um objeto alojado internamente — no caso, uma cenoura, que teria se quebrado durante o manuseio.

Atendimento de urgência e cirurgia delicada

Diante do risco de complicações como infecções ou lesões internas, a idosa foi encaminhada ao Hospital São José do Avaí, onde passou por um procedimento cirúrgico para remoção do objeto. A operação foi realizada com sucesso e, segundo boletim médico, o estado de saúde da paciente é estável.

Fontes hospitalares explicaram que a intervenção exigiu atenção especial por conta da idade da paciente e da sensibilidade da região afetada. A rápida ação da equipe médica foi fundamental para evitar maiores danos à saúde.

Saúde íntima e os desafios do envelhecimento

Embora o caso tenha chamado atenção pela sua natureza incomum, ele também levanta um debate necessário e urgente: a sexualidade na terceira idade ainda é cercada por tabus, falta de orientação e desinformação.

Especialistas em saúde sexual destacam que a longevidade não elimina o desejo ou as necessidades íntimas. No entanto, muitas pessoas idosas não recebem orientações adequadas sobre práticas seguras ou acompanhamento ginecológico regular. A ausência de diálogo e de informação pode levar a situações de risco, como o uso de objetos inadequados para fins íntimos.

Atendimento humanizado e sem julgamentos

A conduta adotada pelas equipes da UPA e do Hospital São José do Avaí foi elogiada pela postura ética e humanizada. Casos como esse exigem não apenas técnica médica, mas também empatia e respeito. Segundo profissionais envolvidos, preservar a dignidade da paciente foi prioridade desde o primeiro atendimento.

O episódio também reforça a importância de que unidades de saúde estejam preparadas para acolher situações delicadas com profissionalismo e sem estigmatização, contribuindo para um ambiente mais seguro e confiável para os pacientes.

Conclusão: o que aprendemos com esse caso

Mais do que um caso incomum, o episódio em Itaperuna é um lembrete de que a saúde íntima deve ser tratada com seriedade em todas as fases da vida. A sexualidade na velhice é um tema legítimo e merece espaço nas políticas públicas de saúde, nos lares e nas conversas familiares.

Promover educação sexual voltada para idosos, orientação médica acessível e o combate ao preconceito são passos fundamentais para garantir bem-estar físico e emocional à população da terceira idade.

Ao invés de julgamentos ou chacotas, esse tipo de situação deve nos conduzir ao diálogo, à informação e à empatia.

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